Transição Planetária

Há uma importante metáfora na Bíblia:

O povo foi libertado do Egito e levado para o deserto; na sequência, Moisés subiu ao monte Sinai, onde Deus se manifestou – luz, sarça ardente. Deus escreveu, de próprio punho, os Dez Mandamentos nas pedras. Moisés, diante de tamanha beleza, deve ter sentido vontade de permanecer naquele lugar santo pelo resto da vida. Deus, entretanto, convidou Moisés a descer o monte, posto que não bastava sentir o envolvimento Divino, mas enfrentar a prova, os desafios, as dificuldades, a fim de realmente mostrar que havia aprendido a lição que Deus acabara de lhe ensinar. Em nossa vida prática, como podemos demonstrar que conseguimos conquistar a paciência, por exemplo? Convivendo com quem não tem paciência. Então, ao perceber que está rodeado de pessoas complicadas, ajoelhe-se e agradeça a Deus. Isso é sinal de que você está sendo testado. Mas, caso você olhe para os lados e esteja cercado de “gente boa”, pode ser que o problema seja você. Deus sempre manda os melhores professores para os alunos mais atrasados, essa é uma Lei Divina. Essa dinâmica está retratada na travessia do deserto (Êxodo); precisamos atravessar o deserto, e atravessar o deserto alude a estar encarnado. No deserto, jamais se caminha sozinho, toda travessia no deserto é realizada em caravanas (em grupo). Trata-se de uma peregrinação, e tudo é regrado – se você tomar toda reserva de água, por exemplo, prejudica o grupo inteiro. Esse é um grande destaque de O Apocalipse, o de descrever uma jornada, uma peregrinação. A obra tem início pontuando sete degraus, sete estágios. Ao longo do texto, do 1º ao 7º capítulo, há sete bem-aventuranças. Bem-aventurado aquele que lê e aquele que ouve as palavras desta Profecia, e observa as coisas que nela estão escritas, porque o tempo está próximo. É o primeiro degrau, então nossa primeira ação é começar a ouvir. Algo está acontecendo, Jesus já veio, o trabalho de regeneração do mundo está sendo feito. E nós, vamos tomar parte nessa lida, ou continuar passivos, apenas assistindo? Nesse processo, somos atores ou simplesmente expectadores

Fomos todos convocados ao trabalho, embora tenhamos a opção de recusar, porém no ato da recusa perdemos consequentemente o direito ao salário. Na parábola dos Trabalhadores da Vinha (Mateus, 20:1-16) uma vinha é comparada ao reino dos Céus onde Deus envia trabalhadores para auxiliar na condução espiritual da humanidade, a hora e o momento em que cada um foi chamado representa ciclos de evolução espiritual da Terra. Esta parábola ressalta também a importância dos trabalhadores da última hora, mostrando que sem eles a obra não poderia ser concluída ou simbolicamente falando, o vinho não ficaria pronto. É por isso que os últimos receberiam a mesma recompensa dos que trabalharam nas primeiras horas.

Os Períodos de Sete

Para compreendermos o estudo, faz-se necessário entender o conceito dos períodos de sete ou do hebraico Shabua (se pronuncia Shavua). Nas traduções tradicionais, Shabua traduz-se por semana, então, Deus criou o mundo em uma semana. No entanto, no texto bíblico não consta que Deus tivesse criado o mundo em uma semana de sete dias, mas criado o mundo em uma Shabua, que é um intervalo de sete unidades. Mas, e quanto vale cada unidade? Quem disse que a unidade de Gênesis é um dia de 24 horas? Se o sol foi criado somente no quarto dia, qual a lógica da contagem de tempo semanal das traduções bíblicas do capítulo 01 de Gênesis? No primeiro, no segundo e no terceiro dia não havia sol, então, como é que se contou o dia? Ou seja, não está se falando em dia, visto que o sol ainda não tinha sido criado.

Para compreendermos este conceito, é importante atentarmos ao que os especialistas hebraicos da Primeira Revelação declaram sobre a religião do povo hebreu: “trata-se de uma religião do tempo.”

Lógica Hebraica de Divisão do Tempo

“[…] profetizará insultos contra o Altíssimo e porá à prova os santos do Altíssimo; ele tentará mudar os tempos e a Lei, e os santos serão entregues em suas mãos por um tempo, tempos e metade do tempo.” (Daniel 7:25)

Será por um tempo, tempos e metade de um tempo. E quando se completar o esmagamento da força do povo santo, essas coisas todas hão de consumar-se!” (Daniel 12:7)

Ela, porém, recebeu as duas asas da grande águia para voar ao deserto, para o lugar em que, longe da serpente, é alimentada por um tempo, tempos e metade de um tempo. (Apocalipse 12:14)

Tempo: 7

Tempos: 7 = 2 x (1 + 2 + ½)

Metade de um tempo: 7 = 2 x 3,5

Aplicando a Escala

Examinando-se a importância dos símbolos naquela época e seguindo o rumo certo das interpretações, podemos tomar cada mês como sendo de 30 anos, em vez de 30 dias […]. (Emmanuel. A Caminho da Luz, capítulo 14, item Identificação da Besta Apocalíptica)

Equações Proféticas

SHABUA DE DIAS: 07 dias. Com escala: 07 anos

“Explorastes a terra durante quarenta dias. A cada dia corresponde um ano: por quarenta anos levareis o peso de vossas faltas e sabereis o que é o fato de me abandonar.” (Números 14:34)

“Ao terminá-los, tornarás a deitar-te, mas agora sobre o lado direito, carregando a falta da casa de Judá por quarenta dias, como te indiquei, isto é, um dia para cada ano.” (Ezequiel 4:6)

“Se der à luz uma menina, ficará impura durante duas semanas, como durante suas regras, e ficará mais sessenta e seis dias purificando-se do seu sangue.” (Levítico 12:5)

“Num mesmo sistema planetário, todos os corpos que o constituem reagem uns sobre os outros; todas as influências físicas são nele solidárias e nem um só há, dos efeitos que designais pelo nome de grandes perturbações, que não seja consequência da componente das influências de todo o sistema.” (Arago, A Gênese)

O ciclo de Saturno, que é o sétimo planeta em relação ao sol, dura aproximadamente 7 anos.

SHABUA DE SEMANAS-DIAS: 07 x 07 dias = 49 dias. Com escala: 49 anos (O que evidencia que a Festa do Jubileu era celebrada a cada 49 anos)

“A partir do dia seguinte ao sábado, desde o dia em que tiverdes trazido o feixe de apresentação, contareis sete semanas completas.” (Levítico 23:15)

“Contarás sete semanas. A partir do momento em que lançares a foice nas espigas, começarás a contar sete semanas. Celebrarás então a Festa das Semanas em honra a Iaweh teu Deus. A oferta espontânea que a tua mão fizer deverá ser proporcional ao modo como Iaweh teu Deus te houver abençoado. Três vezes por ano todo varão deverá comparecer diante de Iaweh teu Deus, no lugar que Ele houver escolhido: na Festa dos Ázimos, na Festa das Semanas e na Festa das Tendas. E ninguém se apresente de mãos vazias diante de Iaweh.” (Deuteronômio 16:9)

A festa do jubileu era comemorada pelos judeus a cada 49 dias.

SHABUA DE MESES: 07 x 30 = 210 dias. Com escala: 210 anos (O mês judaico tinha 30 dias e não se usava o calendário gregoriano)

“Durante sete meses a casa de Israel os sepultará, com o fim de purificar a terra. Todos os habitantes da terra cooperarão no serviço de sepultá-los e isto será para eles causa de renome no dia em que manifestarei a minha glória, oráculo do Senhor Iaweh. Constituir-se-á um grupo permanente de homens encarregados de percorrer a terra, sepultando os que foram deixados no chão, a fim de purificá-la. Será no fim dos sete meses que empreenderão a sua busca.” (Ezequiel 39:12)

O cálculo assegura que existem acontecimentos na evolução do orbe terrestre que tomam assento acerca de cada 210 anos. Em Brasil Coração do Mundo, Pátria do Evangelho consta que por volta do ano 1820 Ismael reúne uma assembleia de espíritos no espaço e diz: Irmãos, o século atual, como sabeis, vai ser assinalado pelo advento do Consolador à face da Terra. Nestes cem anos se efetuarão os grandes movimentos preparatórios dos outros cem anos que hão de vir. Então, temos 1857, 1957 e 2057. 1857 – Ano da publicação de O Livro dos Espíritos; 1957 ano do primeiro centenário da Codificação Espírita; 2057 é a data revelada por Emmanuel, no Programa Pinga Fogo, referente ao possível início do período de regeneração da Terra, o que compreende, aproximadamente, a esse ciclo de 210 anos. Dessa forma, no recorte no texto anterior, o benfeitor Ismael remete, seguramente, à Shabua de meses.

SHABUA DE ANOS: 07 x 360 dias = 2.520 dias. Com escala: 2.520 anos (Um ano judaico tem 360 dias)

O numeral 2.520 dividido por 02 resulta 1.260, o que equivale ao ciclo da Besta. Usando-se a escala, 1.260 anos que foi o tempo do papado. Essa é a chamada Semana Profética por excelência, a Shabua de anos – 07 x 360 ou 07 anos. Em seu livro, por vezes, João fala em 42 meses, que multiplicados por 30 dias resultam os mesmos 1.260 dias, ou que alude à mesma lógica.

“[…] e a mulher fugiu para o deserto, onde Deus lhe havia preparado um lugar em que fosse alimentada por mil duzentos e sessenta dias.” (Apocalipse 12:6)

“Foi-lhe dada uma boca para proferir palavras insolentes e blasfêmias, e também poder para agir durante quarenta e dois meses. (Apocalipse 13:5)

Mas acaba esta semana de núpcias e te darei também a outra como prêmio pelo serviço que farás em minha casa durante outros sete anos. Jacó fez assim: acabou essa semana de núpcias e Labão lhe deu sua filha Raquel como mulher.” (Gênesis 29:27)

Então sairão os habitantes das cidades de Israel a queimar, a fazer fogo com armas, com escudos e paveses, com arcos e flechas, com bastões e lanças. Com eles farão fogo durante sete anos.” (Ezequiel 39:9)

“Reza o Apocalipse que a besta poderia dizer grandezas e blasfêmias por 42 meses, acrescentando que o seu número era o 666 (Apocalipse, 13:5 e 18). Examinando-se a importância dos símbolos naquela época e seguindo o rumo certo das interpretações, podemos tomar cada mês como sendo de 30 anos, em vez de 30 dias, obtendo, desse modo, um período de 1260 anos comuns, justamente o período compreendido entre 610 e 1870, da nossa era, quando o papado se consolidava, após o seu surgimento, com o imperador Focas, em 607, e o decreto da infalibilidade papal com Pio IX, em 1870, que assinalou a decadência e a ausência de autoridade do Vaticano, em face da evolução científica, filosófica e religiosa da humanidade.” (A Caminho da Luz, capítulo 14, item Identificação da Besta Apocalíptica)

Levando-se em conta que a semana tem 2.520 anos, ao tomarmos a semana Adâmica de 7.000 anos e dividi-la em fases de 1.260 (meia semana) encontraremos fatos descritos na Bíblia, por exemplo: Vitória de Belisário em 538 d.C.; Destronamento de Pio VI em 1798 d.C. É fácil deduzir que entre esses dois acontecimentos somam-se 1.260 anos. No capítulo XIV de A Caminho da Luz, (Xavier, 2009, p. 153) sobre a identificação da besta apocalíptica, Emmanuel, o autor espiritual, informa que uma meia semana corresponde à queda do papado. O pontificado descrito foi de 1.260 anos – 610 d.C. a 1870 d.C. Em 610 d.C. o imperador Focas instituiu o papado. Em 1870 d.C. Napoleão Bonaparte coroou a si mesmo como imperador na catedral de Notre-Dame de Paris e destituiu Pio IX. Devido a essa manobra, o papado perdeu o poder temporal que detinha. A obra ainda relata a triste história da evolução e da lamentável deturpação do Cristianismo. Roma foi destituída enquanto Império físico, mas sobreviveu enquanto sistema religioso responsável por oprimir o planeta durante 1.260 anos (tempo, tempos, metade do tempo).

Valor Simbólico

Calendário Judaico

Valor na Escala Cósmica

1 semana

7 dias

7 anos (Ezequiel 39:9)

1 mês

30 dias

30 anos (Emmanuel)

42 meses

42 x 30 dias

1.260 anos (Apocalipse)

84 meses

84 x 30 dias

2.520 anos (Ciclo completo)

Relógio de Acaz

“Vai dizer a Ezequias: Assim diz Iaweh, Deus de teu pai Davi: Ouvi a tua oração e vi as tuas lágrimas. Acrescentarei quinze anos à tua vida. Eu te livrarei, tu e esta cidade, das mãos do rei da Assíria e protegerei esta cidade. Eis o sinal da parte de Iaweh de que ele cumprirá a palavra que pronunciou. Eu farei recuar dez degraus a sombra que o sol avançou sobre os degraus da câmara alta de Acaz – dez degraus para trás. O sol recuou dez degraus sobre os degraus que tinha avançado.” (Isaías 38:5)

Quanto ao relógio de Acaz, este era um relógio do sol. Ele contém um dispositivo análogo, isto é, uma semiesfera dividida em doze partes, que equivalem a doze horas do dia. Cada uma dessas partes está dividida em dez outras (10°), as quais, por sua vez, se subdividem em seis partes. Assim 10°, ou sessenta partículas, correspondem a uma hora. Dessa forma, quinze anos é igual a uma hora profética.

A Semana Profética por excelência

Se uma semana tem 168 horas, 2.520 / 168 = 15 dias

Calendário Judaico

Valor na Escala Cósmica

Nome Simbólico

2.520 dias

2.520 anos

SEMANA PROFÉTICA

2.520 / 7 = 360 dias

360 anos

DIA PROFÉTICO

360 / 24 = 15 dias

15 anos

HORA PROFÉTICA

A Hora Profética

1937

19 horas

1952

20 horas

1967

21 horas

1982

22 horas

1997

23 horas

2012

24 horas

2027

1 hora

2042

2 horas

2057

3 horas

“Vive-se a gora, na Terra, um crepúsculo, ao qual sucederá profunda noite; e ao século XX compete a missão do desfecho desses acontecimentos espantosos.” (Emmanuel em 1937. A Caminho da Luz, p. 259)

“O mundo atual, na esteira de transições angustiosas e amargas, não parece mergulhado nas sombras que precedem a meia-noite?” (Emmanuel em 1973. Segue-me, capítulo 3)

“Imagina-te dentro de uma noite densa, em que a escuridão estende o seu manto escuro, na qual o céu se mostra oculto, sob o domínio de nuvens, prenunciando tempestade próxima.” (Emmanuel em 1990. Ante o Futuro)

“Através da busca da espiritualização, superação das dores e construção de uma nova sociedade, a humanidade caminha para a regeneração das consciências. Emmanuel afirma que a Terra será um mundo regenerado por volta de 2057. Cabe, a cada um, longa e árdua tarefa de ascensão. Trabalho e amor ao próximo com Jesus, este é o caminho. (Chico Xavier, Plantão de Respostas, Pinga Fogo II, 1994, p.16)

SHABUA DE SEMANA-ANOS: 07 x 07 anos = 49 anos (49 x 360) = 17.640 anos

Contarás sete semanas de anos, sete vezes sete anos, isto é, o tempo de sete semanas de anos, quarenta e nove anos. (Levítico 25:8)

SHABUA DE MILÊNIOS: 07 x 1000 anos = 7.000 anos (1 dia = 1.000 anos, 1 semana = 7.000 anos, 1 mês = 28.000 anos)

Gênesis, capítulo 2, revela que o homem foi criado no sexto dia e ele é chamado de Adão. (Bíblia de Jerusalém, p. 35/36). A 6ª Shabua é a de Adão, porque cada x corresponde a mil anos: 4.000 anos a.C. + 3.000 d.C. = 7.000 anos. O Apocalipse fala de uma transição em que Jerusalém desce do céu após mil anos, no 7º dia.

“Há, contudo, uma coisa, amados, que não deveis ignorar: É que para o Senhor um dia é como mil anos e mil anos como um dia. O Senhor não tarda a cumprir sua promessa, como pensam alguns, entendendo que há demora; o que Ele está, é usando de paciência convosco, porque não quer que ninguém se perca, mas que todos venham a converter-se. O Dia do Senhor chegará como ladrão e então os céus se desfarão com estrondo, os elementos, devorados pelas chamas se dissolverão e a terra, juntamente com suas obras, será consumida.” (2 Pedro 3:8)

“Pois mil anos são aos teus olhos como o dia de ontem que passou uma vigília dentro da noite.” (Salmo 90:4)

“Depois de dois dias nos fará reviver, no terceiro dia nos levantará, e nós viveremos em sua presença. 6:3 Conheçamos, corramos atrás do conhecer a Iaweh; certa, como a aurora, é sua vinda, Ele virá a nós como a chuva, como o aguaceiro que ensopa a terra.” (Oséias 6:2)

Em O Livro dos Espíritos, Kardec, na pergunta 50 indaga: A espécie humana começou por um único homem? Os espíritos falam: ‘Não; aquele a quem chamais Adão não foi o primeiro, nem o único a povoar a Terra.’ E ainda pergunta na questão 51: Poderemos saber em que época viveu Adão? Os espíritos dizem: ‘Mais ou menos na época que lhe assinais: cerca de 4.000 anos antes do Cristo’.  Além disso, se somarmos o tempo de vida dos patriarcas mencionados nos textos da Bíblia Hebraica, chegaremos ao mesmo resultado – 4.000 anos a.C. Por isso, O Apocalipse fala de uma transição – 4.000 anos a.C. + 3.000 d.C. = 7.000 anos. Sendo que Jerusalém desce do céu no 7º dia.

Graças a entrevista de Chico Xavier e Emmanuel (Revista Boa Vontade – LBV – outubro/1956) nós chegamos na Semana Adâmica, que são os últimos 28.000 anos antes da nova era. Utilizando a lógica dos ciclos do povo hebreu e as explicações do espírito Arago (A Gênese) podemos dividir ainda mais o ciclo de 28.000 anos citado por Emmanuel/Chico Xavier:

“Cada corpo celeste, além das leis simples que presidem à divisão dos dias e das noites, das estações, etc., experimenta revoluções que demandam milhares de séculos para sua realização completa, porém que, como as revoluções mais breves, passam por todos os períodos, desde o de nascimento até o de um máximo de efeito, após o qual há decrescimento, até o limite extremo, para recomeçar em seguida o percurso das mesmas fases”. Arago, A Gênese.

“[…] profetizará insultos contra o Altíssimo e porá à prova os santos do Altíssimo; ele tentará mudar os tempos e a Lei, e os santos serão entregues em suas mãos por um tempo, tempos e metade do tempo.” (Daniel 7:25)

Será por um tempo, tempos e metade de um tempo. E quando se completar o esmagamento da força do povo santo, essas coisas todas hão de consumar-se!” (Daniel 12:7)

“Ela, porém, recebeu as duas asas da grande águia para voar ao deserto, para o lugar em que, longe da serpente, é alimentada por um tempo, tempos e metade de um tempo.” (Apocalipse 12:14)

Tempo: 7
Tempos: 7 = 2 x (1 + 2 + ½)
Metade de um tempo: 7 = 2 x 3,5

Portanto, além de encontrar essas referências sobre as leis dos ciclos, que sendo este pequeno ou grande segue o percurso das mesmas fases, podemos encontrar também referências sobre estes períodos de 7.000 anos no livro Apocalipse:

“Vi então um Anjo descer do céu, trazendo na mão a chave do Abismo e uma grande corrente. Ele agarrou o Dragão, a antiga Serpente – que é o Diabo, Satanás – acorrentou-o por mil anos e o atirou dentro do Abismo, fechando-o e lacrando-o com um selo para que não seduzisse mais as Nações até que os mil anos estivessem terminados. Depois disso, ele deverá ser solto por pouco tempo. Vi então tronos, e aos que neles se sentaram foi dado poder de julgar. Vi também as Almas daqueles que foram decapitados por causa do Testemunho de Jesus e da Palavra de Deus, e dos que não tinham adorado a Besta, nem sua imagem, e nem recebido a marca sobre a fronte ou na mão: eles voltaram à vida e reinaram com Cristo durante mil anos. Os outros mortos, contudo, não voltaram à vida até o término dos mil anos. Esta é a primeira ressurreição. Feliz e santo aquele que participa da primeira ressurreição! Sobre estes a segunda morte não tem poder; eles serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e com Ele reinarão durante mil anos.” (Apocalipse 20:1. Bíblia de Jerusalém, p. 2163-64)

Todas as revoluções geológicas e momentos históricos foram influenciados por efervescências cíclicas. O livro Apocalipse de João nos descreve isto através de uma linguagem simbólica, no qual são abordados ciclos de evolução espiritual. Emmanuel nos esclarece na entrevista da Revista Boa Vontade da LBV de 1954 que o planeta Terra tem um ciclo de 260.000 anos de atividade e 260.000 anos de repouso. Este ciclo de 520.000 supõe-se que é o tempo que nosso sistema solar gasta para girar em torno da constelação de Hércules.

“E enquanto se processam as dolorosas aferições apocalípticas, nosso pequeno Orbe prossegue, imperturbável, em sua jornada sideral, no rumo da gloriosa constelação de Hércules, porque nada pode sustar, no Universo infinito, a força renovadora e fatal da evolução.” Áureo. Amar e Servir. Capítulo Conquanto e Apesar.

Desses 260.000 anos de atividade, 60.000 a 64.000 anos são empregados na reorganização dos pródromos da vida organizada, representando novos caminhos para as almas.

Logo em seguida, surge o desenvolvimento das grandes raças que, como grandes quadros, enfeixam assuntos e serviços, que dizem respeito à evolução do espírito domiciliado na Terra. Assim, depois desses 60.000 a 64.000 anos de reorganização de nossa casa planetária temos sempre grandes transformações, de 28.000 em 28.000 anos.

Para nós, considerando que o ciclo de atividade começou em aproximadamente 201.000a.C. (final da era do gelo) este ciclo terminará em 59.000d.C. (início de outra era do gelo) ao qual a Terra entrará novamente em período de repouso extinguindo-se a vida organizada, antes disso teremos ainda duas raças de 28.000 anos. Este período de iniciação do ciclo de atividade é marcado pelo início do período cultural Paleolítico Médio e do surgimento do homem de Neandertal que viveu na Eurásia (Europa e Ásia) e a origem do Homo Sapiens Sapiens do leste da África. Essas espécies de primatas marcam o início do ser vivo dotado de razão começando a evoluir na Terra, assim que foi extinguindo a era do gelo este homem começou a sair das cavernas e a polir pedras. Por isso paleolítico significa pedra lascada.

“Cada corpo celeste, além das leis simples que presidem à divisão dos dias e das noites, das estações, etc., experimenta revoluções que demandam milhares de séculos para sua realização completa, porém que, como as revoluções mais breves, passam por todos os períodos, desde o de nascimento até o de um máximo de efeito, após o qual há decrescimento, até o limite extremo, para recomeçar em seguida o percurso das mesmas fases. Arago, A Gênese.

Confirmando as elucidações de Emmanuel, a ciência terrestre e o espírito Arago, nos foi dito que a terra faz um movimento que dura cerca de 28.000 anos denominado precessão dos equinócios. Este ciclo por sua vez levando em consideração seus 28.000 anos, dividem-se em 4 ciclos de 7.000 anos, pois essa é a lei dos ciclos segundo o povo hebreu: “tempo, tempos e metade do tempo”. (Daniel, 12:7). No livro Apocalipse, João se refere aos 7.000 anos como semana profética. Dessa forma ele tem um período crescente e um período decrescente tal como a Lua. Uma das consequências desse ciclo é a mudança do eixo vertical da Terra no qual mudam-se os polos, como consequência grandes continentes se emergem e outros submergem.

A precessão dos equinócios é literalmente um círculo imaginário, riscado na esfera celeste pela projeção do eixo de rotação terrestre. Esse risco, que há milênios vem sendo acompanhado, se chama precessão que é um movimento para trás em relação ao avanço do ponto vernal do equador celeste, tomando-se como referência o ciclo anual do Sol.

É através de uma linha do tempo que buscaremos o contexto de nossa compressão dos ciclos, bem como identificar em qual período nos encontramos atualmente:

  1. No ano 201.000a.C. termina o ciclo de repouso da terra denominado era do gelo, ou período Paleolítico Médio, dando entrada a um novo ciclo do orbe, o ciclo de atividade. Considerando que este ciclo de atividade se iniciou em 201.000a.C. passados os 64.000 anos de reorganização da casa planetária, onde surgiram os Neandertais na Eurásia e o Homo Sapiens Sapiens no leste da África, encontramo-nos no ano 137.000a.C.
  2. Considerando agora a precessão dos equinócios que dura 28.000 anos, do ano 137.000a.C. até 109.000a.C. e de 109.000a.C. até 81.000a.C. tivemos as duas primeiras grandes raças primitivas da Terra, cujos traços se perderam por causa de seu primitivismo, portanto essas raças não deixaram muitos rastros pois não tinham tecnologia nem sequer agricultura. Nestes tempos a Terra era chamada de Pangeia onde todos os continentes eram juntos.
  3. No ano 81.000a.C. até 53.000a.C. o continente Sul do planeta ficou conhecido como Lemúria onde consideremos neste período a grande raça Lemuriana, como portadora de uma inteligência algo mais avançada, detentora de valores mais altos, nos domínios do espírito. Resquícios avançados dessa civilização nós temos os Maias e Astecas. Após este período a Terra ficou semelhante ao que vemos hoje, com exceção da Atlântida.
  4. O ano 53.000a.C. até 25.000a.C. representa o grande período da raça Atlântida, no qual a inteligência do mundo se elevou de maneira considerável. No final deste ciclo, como sempre, houve a precessão dos equinócios submergindo quase todo o continente Atlântida, mas as últimas ilhas foram desaparecer totalmente somente 10.000 anos depois. Com essa nova divisão de continentes, a Terra ficou conforme a conhecemos hoje.
  5. No ano 30.000a.C. pouco antes de terminar o período da raça Atlântida, no período cultural Paleolítico Superior chegaram ao planeta Terra os espíritos exilados de Capela.

Um dos orbes da estrela Capela, situado na constelação do Cocheiro, guarda muitas afinidades com a Terra e atingiu a culminância de um dos seus extraordinários ciclos evolutivos, como ora acontece conosco relativo as transições esperadas neste século.

“Há muitos milênios, um dos orbes da Capela, que guarda muitas afinidades com o globo terrestre, atingira a culminância de um dos seus extraordinários ciclos evolutivos. […] Alguns milhões de Espíritos rebeldes lá existiam, no caminho da evolução geral, dificultando a consolidação das penosas conquistas daqueles povos cheios de piedade e virtudes, mas uma ação de saneamento geral os alijaria daquela humanidade, que fizera jus à concórdia perpétua, para a edificação dos seus elevados trabalhos. As grandes comunidades espirituais, diretoras do Cosmos, deliberam, então, localizar aquelas entidades, que se tornaram pertinazes no crime, aqui na Terra longínqua, onde aprenderiam a realizar, na dor e nos trabalhos penosos do seu ambiente, as grandes conquistas do coração e impulsionando, simultaneamente, o progresso dos seus irmãos inferiores.”. (Emmanuel. A Caminho da Luz, Capítulo 3)

Com a reencarnação dos exilados no mundo terreno as etnias evoluíram, atingindo a forma do homem Cro-Magnon e marcando a origem das raças brancas.

  1. No ano 25.000a.C. começou o período da raça capelina, que se subdividiu em quatro troncos: Egípcios, Hebreus, Indianos e Arianos. Este ciclo terminará no ano 3.000d.C.

Dentro deste período da raça capelina no ano 11.000a.C., que corresponde à metade do ciclo ou final do ciclo crescente, muitos capelinos conseguiram se redimir e a voltar pra Capela, porém os infelizes e retrógrados, permanecem ainda na Terra.

  1. Após o final do ciclo crescente começa o ciclo decrescente: de 11.000a.C. até 4.000a.C. e de 4.000a.C. até 3.000d.C. Este último por sua vez é chamado de Semana Adâmica. Isso significa que após o fim deste ciclo seremos uma humanidade completamente transformada, moral, espiritual e fisicamente. O shabat dos judeus determina o descanso no sétimo dia, portanto estamos no último milênio do ciclo da Semana Adâmica (ano 2000 = 6000), onde o objetivo é conectar-se com Deus. Vi também as vidas daqueles que foram decapitados por causa do Testemunho de Jesus e da Palavra de Deus, e dos que não tinham adorado a Besta, nem sua imagem, e nem recebido a marca sobre a fronte ou na mão eles voltaram à vida e reinaram com Cristo durante mil anos. (Apocalipse 20:4)

A Semana Adâmica

  1. O Apocalipse de João é uma revelação de ciclos, e não uma revelação de acontecimentos.
  2. João se refere aos 7000 anos no Apocalipse como semana profética, pois na segunda carta de Pedro está escrito “Porque um dia para o senhor são como mil anos, e mil anos como um dia. II Pedro, 3:8”. Logo se a semana tem 7 dias, uma semana apocalíptica é igual a 7.000 anos.
  3. Sendo os ciclos maiores medidos pelos ciclos menores, vemos no ciclo lunar uma duração de aproximadamente 28 dias, subdivididos em 4 ciclos de 7 dias.
  4. O Velho Testamento (Torá) manda parar no sétimo dia para conexão com Deus como forma de representar o sétimo dia da criação no qual Deus descansou, esse dia é conhecido pelos Judeus como Sendo assim a semana Adâmica refere-se ao último ciclo de 7.000 anos do mundo de provas e expiações. Do 6º ao 7º milênio está o shabat da Terra, que são os 1.000 anos de recuperação ditos no Apocalipse:

“Vi também as vidas daqueles que foram decapitados por causa do Testemunho de Jesus e da Palavra de Deus, e dos que não tinham adorado a Besta, nem sua imagem, e nem recebido a marca sobre a fronte ou na mão eles voltaram à vida e reinaram com Cristo durante mil anos.” (Apocalipse, 20:4)

O Mundo ditoso seremos somente depois do ano 3.000 d.C. que marca o fim da raça adâmica e o início de uma nova raça, nova Jerusalém, nova era etc.

  1. “As tradições do paraíso perdido passaram de gerações a gerações, até que ficassem arquivadas nas páginas da Bíblia”. A Bíblia começa com Gênese e termina com Apocalipse, sendo assim ela representa a história desses 7.000 anos no qual estamos vivendo atualmente.
  2. No Livro dos Espíritos, questão 51, Allan Kardec pergunta: “Em que época viveu Adão”? A resposta dos espíritos é: “Na época em que assinalais, aproximadamente 4.000 a.C.” confirmando o início do ciclo Adâmico que termina em 3.000 d.C. totalizando os 7.000 anos que nada mais é que ¼ da raça capelina. Os primeiros textos do Velho Testamento são muito antigos e quando foram anotadas as primeiras referências com relação à Adão no livro Genesis, a palavra hebraica “ADAM” significa humanidade e se referia a humanidade daquele período.
  3. No livro “Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho” nos tempos em que se encerrava o primeiro reinado (1822 a 1831). Ismael reúne com seus companheiros no plano espiritual e diz: “- Irmãos, o século atual, como sabeis, vai ser assinalado pelo advento do Consolador à face da Terra. Nestes cem anos se efetuarão os grandes movimentos preparatórios dos outros cem anos que hão de vir. As rajadas de morticínio e de dor avassalarão a alma da humanidade, no século próximo, dentro dos imperativos das transições necessárias, que serão o sinal do fim da civilização precária do Ocidente. Faz-se mister amparemos o coração atormentado dos homens nessas grandes amarguras, preparando-lhes o caminho da purificação espiritual, através das sendas penosas”. Considerando que o Livro dos Espíritos foi publicado em 1857, marcando o início do advento do Consolador, somando mais cem anos de movimentos preparatórios encontramo-nos no ano 1957, se aplicarmos os outros cem anos que hão de vir chegaremos ao ano de 2057. Também no livro Plantão de Respostas, Volume II, Chico Xavier diz: “Emmanuel afirma que a Terra será um mundo regenerado por volta de 2057“. Se 1000 anos para o senhor são como 1 dia, entende-se que em um dia temos 24 horas 1000/24 = 41,6666 ~ 42 anos. 2057 – 42 = 2015. Através destes cálculos podemos concluir que o ano de 2015 marca o início da última hora, conforme a Parábola dos Trabalhadores da Última Hora do Evangelho de Jesus.

Nós definitivamente somos os trabalhadores da Última Hora. Não só temos responsabilidade perante as leis de Deus como temos prazo para cumpri-las, o momento atual é de última chamada.

Os primeiros a serem chamados foram os profetas, Moisés e os iniciadores do progresso geral, nos quais tiveram continuidade com os Apóstolos de Jesus, com os sábios, filósofos, pais da igreja e por fim o espiritismo que vem concretizar a regeneração do planeta.

“Jesus gostava da simplicidade dos símbolos e, em sua linguagem vigorosa, os operários que chegaram na primeira hora são os profetas, Moisés e todos os iniciados que marcaram as etapas do progresso, as quais continuaram através dos séculos pelos apóstolos, pelos mártires, pelos pais da igreja, pelos sábios, pelos filósofos e finalmente pelos espíritas. […] Muitos entre eles, aliás, revivem hoje ou reviverão amanhã, para acabar a obra começada outrora; mais de um profeta, mais de um discípulo do Cristo, mais de um propagador da fé cristã se encontram no meio deles, porém mais esclarecidos e mais adiantados, trabalhado, não mais na base, mas sim no coroamento do edifício. […] A Reencarnação, este belo dogma, eterniza e precisa a filiação espiritual.” (O ESE. CAPÍTULO XX)

Temos no Livro dos Espíritos os Prolegômenos com o mesmo símbolo da vinha, onde os galhos é o corpo, o grão é o espírito ligado ao corpo, e o líquido/licor é o próprio espírito eterno que carrega consigo todas as experiências vividas. Ainda nessa introdução do Livro dos Espíritos temos a mensagem psicografada pelos primeiros trabalhadores, mostrando que o espiritismo é a coroação das bases que foram iniciadas a séculos atrás. E nós espíritas somos os últimos a receberem a oportunidade de trabalho.

Muitos são chamados e poucos os escolhidos: No Livro os Mensageiros, André Luiz trabalhando agora no ministério da comunicação da colônia Nosso Lar nos adverte que centenas de médiuns preparados para o esclarecimento da verdade reencarnam na Terra para o cumprimento do que foi prometido, porém são raros os que cumprem.

Emmanuel nos diz na introdução do livro a Caminho da Luz que a fé raciocinada é a bussola da verdadeira sabedoria. A sabedoria em forma de conhecimento é a nossa verdadeira propriedade, pois é a única que levamos após a morte do corpo físico.

SHABUA DE ERAS: 07 x 07: Esta é a Shabua Divina que não tem valor definido, pois apenas Deus tem essa informação.

“A respeito daquele dia e hora, ninguém sabe, nem os Anjos dos Céus, nem o Filho, mas apenas o Pai.” (Mateus 24:36)

Esse ciclo também está presente na Semana da Criação.

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